sexta-feira, 26 de março de 2021

Viajar sem sair do lugar - ler ou ouvir ler em férias

Se já leste todos os livros que tens em casa, aqui te ficam outras formas de continuar a "ler".
Consulta os seguintes links e, o difícil será selecionar uma só história. 
De certeza que vais conseguir viajar sem sair do lugar.


Blog: Letra pequena



Letra pequena é um blogue sobre livros para crianças e jovens, escrito por Rita Pimenta.
Clicando em Início, temos acesso a informação pormenorizada sobre o conteúdo e imagens de cada  livro e ainda do seu autor e ilustrador publicada no jornal o Público.
Clicando em Livros para escutar, podes ouvir  a leitura de alguns livros, tendo também imagens e as gravações mais recentes.

Livros para escutar (e ver)… – Letra Pequena (publico.pt)



Conta um conto




Conta um Conto foi buscar histórias aos livros para as virar de pernas para o ar.
Para que tu as pudesses ver e ouvir melhor. Com pessoas e desenhos feitos à mão, que aparecem nos sítios mais inesperados e, às vezes, até se mexem e tentam falar, os atrevidos.
São contos fantásticos que põem a imaginação a crescer dentro de ti. Tudo pode acontecer.
Experimenta ver:  Ensina (rtp.pt) ou https://www.rtp.pt/play/zigzag/p5181/conta-um-cont

Rádio Daniel Completo

O músico Daniel Completo criou a sua própria rádio com mais de 250 cantigas destinadas ao público infantil para desfrutar sem publicidade 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Daniel Completo canta histórias de: Luísa Ducla Soares, José Jorge Letria, José Fanha, António Mota, Isabel Alçada, Ana Maria Magalhães, Isabel Minhós, entre outros Nesta Página poderá conhecer melhor os audiolivros das canções que passam na Rádio Daniel Completo.

Aqui podemos ouvir algumas histórias e poemas pela própria voz de diversos autores: Radio Daniel Completo


segunda-feira, 22 de março de 2021

Dia Mundial da Água - 22 de março

Este dia foi proclamado através da resolução 47/193 da Assembleia Geral das Nações Unidas, a 22 de dezembro de 1992.
O propósito deste dia é sensibilizar os líderes políticos e a sociedade civil para a conservação deste bem.

O tema de 2021 é «Valorizar a água». 

Assim, pretende-se alertar para as consequências negativas do crescimento populacional, do aumento do seu uso na agricultura e na indústria e das alterações climáticas na preservação da água.

Neste dia, realiza-se a campanha a H2Off - Hora de fechar a torneira. 
A campanha pretende mobilizar as pessoas a não abrirem as torneiras das 22 às 23 horas, de forma a tomarem consciência da importância deste bem. in https://eurocid.mne.gov.pt/


E tu, pretendes aderir ao movimento H20FF que se está a formar?





E para ti, qual é o valor da água? 

O valor da água é muito mais do que o seu preço – a água tem um valor enorme e complexo para nossas famílias, alimentos, cultura, saúde, educação, economia e a integridade do nosso ambiente natural. 
Se ignorarmos qualquer um desses valores, corremos o risco de gestão indevida deste recurso finito e insubstituível. 
O ODS 6 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6: Água potável e Saneamento) é para garantir água e saneamento para todos. 
Sem uma compreensão abrangente do verdadeiro valor multidimensional da água, não seremos capazes de salvaguardar esse recurso crítico em benefício de todos. in https://www.unwater.org/


O que podemos nós fazer, no nosso dia-a-dia, para contribuir para a preservação da água?


Aqui te deixamos alguns vídeos  relacionados com a preservação deste bem essencial à VIDA no nosso quotidiano. 

Foram realizados por jovens e para jovens em  BORA AMBIENTAR:


O caminho percorrido pela água 

Todos os dias abrimos a torneira várias vezes. 
Mas sabes o percurso que a água faz entre a natureza e as nossas torneiras? 
Sabe tudo neste episódio (O caminho percorrido pela água) que termina com um apelo importante: 
“Bora lá fazer um consumo responsável da água, malta!”

Pegada hídrica

Conheces os litros de água que estão escondidos em todos os bens e serviços que usamos? 
Vamos aprender mais vendo este vídeo: Pegada hídrica

Conheces a app H2O Quality?


Vê este episódio H20 Quality e aprende mais sobre esta app, gratuita, que podes descarregar no teu telemóvel.

Através dela podes saber a qualidade da água em qualquer ponto da cidade de Lisboa e descobrir onde está o bebedouro mais próximo.


 

Duches sem desperdício

E porque na casa de banho é onde gastamos mais água nas utilizações diárias, vamos perceber a água que gastamos num duche e como podemos ser mais eficientes.

Veja este episódio do Bora Ambientar (Duche sem desperdício), mais um com o apoio da EPAL no âmbito do Protocolo com a Quercus, que propõe simples exercícios matemáticos para entendermos como conseguir fazer um uso racional da água.


Combate às fugas de água

O alerta que nos é dado neste episódio do “Bora Ambientar”(Combate às fugas de água), mais um com o apoio da EPAL ao abrigo do protocolo com a Quercus, é sobre fugas de água, em casa ou na via pública.

Vamos aprender simples truques e comportamentos adequados para combater fugas e roturas que tanto desperdício causam.

A EPAL disponibiliza o waterbeep® (com uma versão home, para uso doméstico), um serviço inovador em Portugal, que alerta para consumos de água diferentes do padrão habitual e para possíveis roturas.

Canalização sem poluição

É tão tentador usar a sanita como caixote.. puxa-se o autoclismo e tudo desaparece... Só que não!
Na verdade, os pequenos lixos vão fragmentar-se em microplásticos e, ao serem impossíveis de filtrar, vão parar ao meio aquático. Aprende mais em 
Canalização sem poluíção.





Sabias que BORA AMBIENTAR é um novo conteúdo audiovisual que tem como principal objetivo sensibilizar o público jovem para os problemas ambientais da atualidade? 


Se gostaste destes vídeos e quiseres aprender mais vai a: 
ou a 



domingo, 21 de março de 2021

Fernão Não, Fernão Sim de Alexandre Honrado e Miguel Feio

Mais um livro candidato à eleição de Miúdos a votos: Qual o livro mais fixe? do 1.º ciclo, mais direcionado a um público infantil. Conta-nos a aventura de Fernão de Magalhães e a sua volta ao mundo, naquela que foi a primeira viagem de circum-navegação realizada entre 1519 e 1522, constituindo-se como um marco incontornável no conhecimento científico e na História da civilização humana.


Sinopse

Numa altura em que se comemoram os 500 anos do início da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães, Alexandre Honrado e Miguel Feio brindam os leitores com uma animada história sobre Pedro Pulo, um jovem que tinha o sonho de viajar e correr mundo, tal como fez o navegador português.

O livro inclui uma secção final com um resumo sobre os legados da Expansão que esta aventura marítima originou em Portugal e no mundo.

Um projeto que conta com o apoio da Comissão Nacional da UNESCO, da Organização de Estados Ibero-Americanos (OIE) e do Externato Frei Luís de Sousa, membro das Escolas Associadas da UNESCO e da Rede de Escolas Magalhânicas.

 


Biografia

Alexandre Honrado, considerado um autor de referência na literatura para a infância e juventude, tem dezenas de títulos publicados, alguns premiados e traduzidos (de Espanha à Coreia do Sul), com presença destacada no Plano Nacional de Leitura e nas escolas e bibliotecas nacionais. 

Na Planeta assina alguns desses títulos de êxito, várias vezes reeditados e de grande aceitação entre os seus leitores.

 



Miguel Feio, estreou-se no mundo da literatura infanto-juvenil, em parceria com Alexandre Honrado, com a história “A República dos Patudos”. 
Reedita agora a parceria com “Fernão Não Fernão Sim, Vamos dar a Volta ao Mundo”, a propósito da comemoração do 5º centenário da Viagem de Fernão Magalhães, o que he dá um prazer especial pois é membro da Rede de Escolas Magalhânicas e Coordenador de Escolas UNESCO.

in https://www.planetadelivros.pt/



Ilustradora

Patrícia Furtado nasceu em Lisboa em 77, ano da Guerra das Estrelas. Aprendeu a ler aos três anos e por volta dos seis já ostentava um belíssimo par de óculos. 
Passava os intervalos das aulas enterrada em livros e nunca tinha os cadernos em dia. Estavam cheios de rabiscos. Também escrevia muitas histórias e queria ser escritora quando crescesse. Ou detetive, o que teria sido uma péssima ideia, já que é a pessoa mais distraída do mundo. 
Aos 16, ganhou uma viagem de autocarro pela Europa com um conto que escreveu, mas por essa altura, já tinha mudado de ideias e escolhido as Belas Artes. 
Depois de estudar Design de Comunicação, trabalhou num atelier de design, e, passado um ano, mudou-se para Londres, onde trabalhou numa loja de fotocópias. 
Decidiu, por fim, ser designer por conta própria. De volta a Lisboa, passou pelo The Lisbon Studio, e virou-se para a ilustração. Desenhou dezenas de capas, ilustrou pilhas de livros, e conviveu com alguns dos seus autores favoritos. 
Um dia, lembrou-se de que ainda ia a tempo de ser também escritora, e voltou às suas histórias.

Algumas das ilustrações de Fernão Sim, Fernão Não




Outras maneiras de apreciar e compreender melhor  Fernão Sim, Fernão Não


Vídeo:
Miguel Feio, coautor do livro «Fernão Não, Fernão Sim ­– Vamos dar a volta ao Mundo», apresenta-nos Pedro Pulo, um rapaz que tinha o sonho de viajar e correr mundo, tal como fez o navegador português Fernão de Magalhães. Venha daí numa viagem recheada de aventuras.




A grande viagem de Fernando de Magalhães

Quem foi Fernão de Magalhães?
Foi um militar e navegador, que nasceu no Norte de Portugal, não se sabe ao certo onde, e viveu nos séculos XV e XVI, o tempo dos Descobrimentos. Ficou célebre por comandar a expedição que partiu em 1519 de Sevilha e que, três anos depois, completou a primeira volta ao Mundo da história, feita por mar. Por isso se chama circum-navegação.

Ele queria dar a volta ao mundo?
Não. Ele queria provar que se podia navegar diretamente do Oceano Atlântico para o Oceano Pacífico e chegar às Molucas, ilhas que hoje fazem parte da Indonésia e eram muito ricas em especiarias. Naquele tempo, esses produtos eram raros e muito valiosos.

Porque é que, sendo português, fez a viagem ao serviço de Espanha?
Pelo Tratado de Tordesilhas, de 1494, o Mundo estava dividido a meio, entre portugueses e espanhóis. O caminho para a Índia era português desde 1498, quando Vasco da Gama lá chegou, e o nosso rei, D. Manuel I, dominava o comércio das especiarias. A ideia de Magalhães não interessava a Portugal, mas sim ao rei de Espanha, Carlos I.

Quantos navios saíram de Espanha e quantos deram a volta ao mundo?
À partida, a armada tinha cinco navios, mas só um regressou a Espanha, em setembro de 1522.

E quantos tripulantes?
No início, eram cerca de 250 homens, mas só 18 chegaram ao fim. Alguns revoltaram-se e regressaram a Sevilha mais cedo, mas a maioria morreu durante a viagem, incluindo o próprio Fernão de Magalhães.

Como morreu Fernão de Magalhães?
Morreu em combate com nativos na ilha de Mactan, nas Filipinas, em abril de 1521. Não chegou às Molucas, como pretendia. Só em novembro desse ano é que os sobreviventes atingiram as ilhas das especiarias.

E como acabaram por dar a volta ao mundo?
O plano inicial era ir às Molucas, carregar os navios de especiarias e voltar para trás, pelo Oceano Pacífico. Mas as condições de navegação, como os ventos e as correntes marítimas, não ajudaram, e o último navio, comandado pelo espanhol Juan Sebastián Elcano, acabou por fazer o caminho que era dos portugueses, atravessando o Oceano Índico, dando a volta a África e indo para norte, pelo Atlântico, até regressar ao ponto de partida.

Qual foi a grande descoberta de Fernão de Magalhães?
Ao passar do Oceano Atlântico para o Pacífico, atravessando um labirinto de canais, na ponta sul da América, que ficou depois a chamar-se Estreito de Magalhães, o navegador português provou que era por mar, e não por terra, que se podia percorrer o Mundo inteiro.


Os cinco navios da expedição de Fernão de Magalhães 


Fonte: The Granger Collection, Nova Iorque,
https://kids.britannica.com/students/assembly/view/148291




sábado, 20 de março de 2021

O Tubarão na Banheira de David Machado






Neste livro, eleito o mais fixe em Miúdos a Votos no ano 2018 do 1º ciclo, "um dos protagonistas é um tubarão que entra dentro de casa e dorme numa banheira. Mas este tubarão mais ou menos bem comportado também anda de carro e vai à escola. Parece mentira? Só para quem não acredita no poder dos pensamentos. O Tubarão na Banheira é um livro de grande encanto, ao qual não faltou inspiração literária e criativa."

Sinopse

O avô partiu os óculos e não vê um palmo à frente do nariz.
Mesmo assim, compromete-se a levar o neto a pescar um peixe que possa fazer companhia ao pobre peixinho que vive no aquário que encontraram no sótão. E, quando a linha começa a puxar, têm os dois de fazer muita força para tirar o peixe da água. 
Mas não é, afinal, um peixe qualquer... É um tubarão, só que o avô, sem óculos, não percebe bem o que está a levar para casa.
Quando lá chegam, claro que o tubarão não cabe no aquário e tem de ir para a banheira. Mas como é que as pessoas todas da casa vão reagir quando forem tomar banho?
O menino que conta a história - o mesmo que pescou o tubarão - tem um caderno de palavras difíceis no qual descreve todas essas reações.

Um livro que recebeu vários prémios de um autor e um ilustrador extremamente conceituados.



Biografia: 

David Machado nasceu em Lisboa em 1978.

É autor do livro de contos Histórias Possíveis e dos romances O Fabuloso Teatro do Gigante, Deixem Falar as Pedras, Índice Médio de Felicidade (vencedor do Prémio da União Europeia para a Literatura e do Prémio Salerno Libro d’Europa, adaptado ao cinema por Joaquim Leitão e vendido em mais de doze países) e Debaixo da Pele.

Tem contos publicados em revistas literárias e antologias espalhadas pelo mundo e traduziu romances de Bioy Casares e Mario Benedetti.

É ainda um celebrado autor de livros infantis, entre os quais A Noite dos Animais Inventados, O Tubarão na Banheira, Eu Acredito, Uma Noite Caiu Uma Estrela e O Alfabeto Nojento, bem como do livro juvenil Não Te Afastes, selecionado pelo site The White Ravens, que elege os melhores títulos de literatura infantojuvenil em todo o mundo.


Paulo Galindro nasceu em 1970. Licenciado em arquitetura, é autor de diversos livros ilustrados, feitos em parceria com alguns dos mais importantes escritores nacionais e internacionais, como Luís Sepúlveda, António Mota, David Machado, entre outros.

Viu a sua obra premiada por diversas vezes.

Juntamente com Natalina Cóias criou o coletivo de ilustração Pintarriscos.


Algumas das ilustrações do livro: 


Outras maneiras de apreciar esta história:

Leitura do livro O Tubarão na Banheira pelo autor David Machado. Parte 1/2




Leitura do livro O Tubarão na Banheira pelo autor David Machado. Parte 2/2




Pequena animação de promoção do livro:





sexta-feira, 19 de março de 2021

Dia Mundial da Poesia - 21 de março

Já leste uma poesia hoje? Sim? Não?

Aqui te ficam algumas: 


As árvores e os livros

As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Poema de Jorge Sousa Braga, in Herbário




Rio

As águas vêm de longe,
trazem o mundo,
os montes a terra as pedras
os bichos e o pólen
as folhas e a luz
a chuva o granizo
e a sede dos homens
o rumor das noites e dos dias.
Rio vivo, quase mudo,
cheio de água
cheio de terra
cheio de tudo.


João Pedro Messeder, in Versos com Reversos




João dos Biscoitos

Fui à lata dos biscoitos
tirei um
p’ra não ficar em jejum
não, tirei dois
pra comer outro depois
ou seja, tirei três
dois pra mim, um para a Inês
quer dizer, tirei foi quatro
mais um pra calar o gato
ou melhor, tirei os cinco
a pensar no ornitorrinco
perdão, tirei foi seis
mais um pró dono dos carrocéis
não, ao todo tirei sete
mais um para a Bernardete
desculpem lá, tirei oito
é mais biscoito menos biscoito
Por isso tirei o nono
às escondidas do dono
que é o senhor meu pai
que esconde a lata
sempre que sai
E prà conta ficar certa
tirei o número dez
pra dar de oferta
ao meu amigo Moisés
E não tirei mais nenhum
como queria
porque a lata
ficou vazia



Anthero Monteiro (inédito)
in http://pracadapoesia.blogspot.com/2015/04/joao-dos-biscoitos.html





vou-me embora
arrendei a minha casa
às abelhas

 

abelha do bosque
na próxima vida
não queiras ser como eu!



floresceu
com borboletas
a árvore morta


Kobayashi Issa, in Os animais 









Imagemhttps://en.unesco.org/

O Dia Mundial da Poesia é celebrado anualmente no dia 21 de março com o objetivo de celebrar uma das formas mais preciosas de expressão e identidade cultural e linguística da humanidade.

O dia 21 de março foi proclamado como o Dia Mundial da Poesia na 30ª Conferência Geral em Paris da UNESCO em 1999, com o propósito de apoiar a diversidade linguística através da expressão poética e aumentar a oportunidade de línguas ameaçadas serem ouvidas.

Esta data serve para: homenagear poetas, reviver tradições orais de recitais de poesia, promover a leitura, escrita e ensino de poesia, fomentar a convergência entre poesia e outras artes como teatro, dança, música e pintura, e aumentar a visibilidade de poesia nos média. in https://eurocid.mne.gov.pt/


Dia Internacional das Florestas - 21 março

Neste dia, que também é  Dia Mundial da Poesia, começamos com uma poesia que nos sensibiliza para a ação do homem na floresta e que nos leva ao tema adotado este ano: o restauro florestal.


Cortar

Cortaram uma árvore
E a terra chorou

Cortaram outra árvore
E a terra chorou

E tantas árvores mais...

E a terra chorou
Chorar tanto também cansa
Quem pode enxugar as lágrimas
Da terra cansada?

Nem as mãos de uma criança...

Matilde Rosa Araújo, “As fadas verdes”




RESTAURAR A FLORESTA: o caminho para a recuperação e o bem-estar

O tema deste ano pretende realçar a importância da ação para a recuperação das florestas:
florestas saudáveis significam população saudável.

Dos ecossistemas florestais extrai-se a base para muitos produtos farmacológicos e as florestas podem constituir uma proteção adicional para futuras pandemias. 

Nesse sentido, todas as árvores contam e juntos podemos e devemos trabalhar para recuperar as florestas degradadas, para o bem comum. in https://www.icnf.pt/






Queres saber mais ou desenvolver algum trabalho sobre as florestas e árvores?

Então consulta os materiais informativos e educativos que disponibiliza o ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, indo a:




Conheces a origem da comemoração deste dia? 

Origem e historial

No Nebrasca (EUA), em 1872, face à escassez de árvores e florestas, a população decidiu dedicar um dia à plantação de árvores. Inicialmente, a comemoração não tinha um dia fixo.

Muitos países se seguiram nesta iniciativa, tendo a primeira "Festa da Árvore" sido comemorada em Portugal, em 1907, estendendo-se estas comemorações, sobretudo durante o período inicial da 1.ª República, até 1917.

Em dezembro de 1970, no âmbito das comemorações do Ano Europeu da Conservação da Natureza, foi retomada a celebração oficial do “Dia da Árvore”, por proposta da então Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas e da Liga para a Proteção da Natureza.

A Festa passou da Árvore à da Floresta quando, em 1971, a FAO estabeleceu o "Dia Mundial da Floresta" com o objetivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra. Como consequência, em Portugal, em 1974, foi celebrado o primeiro “Dia Mundial da Floresta”, tendo sido escolhida, como em muitos outros países do hemisfério norte, a data de 21 de março, o primeiro dia de primavera.

Em 30 de novembro de 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que declara o dia 21 de março de cada ano como Dia Internacional das Florestas, encarregando o Secretariado de, em colaboração com os governos e as demais organizações internacionais e da ONU, organizar anualmente as comemorações do Dia Internacional.

Esta decisão, assume como objetivo principal garantir que as gerações futuras continuarão a beneficiar dos múltiplos serviços e produtos que devemos a todos os tipos de florestas, defendendo para tal um incessante empenho na gestão sustentável das florestas, em paralelo com um continuado esforço de conservação e ordenamento dos espaços florestais naturais. https://www.icnf.pt/

 


Já ouviste falar no Bosque dos avós??


É um  projeto que foi iniciado em 2018 por José Claudino da Silva de 70 anos depois do nascimento da sua neta quando pensou em a homenagear atribuindo o nome dela a uma árvore. 

Encontrou o local ideal na Serra do Marão e, com o apoio das entidades responsáveis, nasceu este bosque que conta já com 1600 árvores, de mais de 460 avós de todo o mundo. 

Sabias que todos os avós podem plantar uma árvore com o nome do neto ou neta? Para tal, basta inscreverem-se.





Ulisses de Maria Alberta Menéres

Mais um livro do Plano Nacional de Leitura, recomendado para o 6º ano de escolaridade e que consta da lista de candidatos ao livro mais fixe do 2º ciclo.É o maior sucesso da escritora Maria Alberta Menéres que conta já com mais de um milhão de exemplares vendidos.

Sinopse

Foi Homero, poeta grego, quem contou no seu livro Odisseia as façanhas de Ulisses, rei de Ítaca, adorado por todos os que o conheciam.

Muitas e estranhas foram as viagens que fez à volta do mundo de então e de si próprio. A sua fama correu de boca em boca e todos o consideravam como o mais manhoso dos mortais e o mais valente marinheiro.

Grande parte da sua vida, passou Ulisses navegando de aventura em aventura, por entre Ciclopes e Sereias encantatórias ou tentando libertar-se da misteriosa Feiticeira Circe para regressar à sua fiel Penélope. 

Diz-se que, nesses tempos de antigamente, não houve homem que mais sofresse e mais feliz fosse do que o espantoso Ulisses.



Biografia


Maria Alberta Menéres nasceu em Vila Nova de Gaia, em 25 de agosto de 1930. 

Licenciada em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professora do Ensino Técnico, Preparatório e Secundário, nas disciplinas de Língua Portuguesa e História.

 Organizou a Antologia da Poesia Moderna Portuguesa (1940/1967), em 1976, e, dois anos mais tarde, a Novíssima Antologia da Moderna Poesia Portuguesa, em parceria com o poeta Ernesto M. de Melo e Castro.

De 1974 a 1986, foi Diretora do Departamento de Programas Infantis e Juvenis da RTP, tendo sido autora e produtora de inúmeros programas. 

Foi Assessora do Provedor de Justiça, de 1993 a 1998, sendo da sua responsabilidade as primeiras linhas de apoio a crianças e idosos em Portugal. Criadora do conceito e responsável pelo nome do "Pirilampo Mágico", foi autora, durante seis anos, das letras das canções dessa campanha solidária que dura até hoje.

Maria Alberta Menéres é autora de mais de 100 livros infantis e juvenis, muitos publicados pelo Grupo Porto Editora, com merecido destaque para Ulisses, que conta já com 45 edições e mais de um milhão de exemplares vendidos. Fez traduções, adaptações, dezenas de peças de teatro, para além de uma sólida obra de poesia adulta.

 Em 1986 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças, «pelo conjunto da sua obra literária e a manutenção de um alto nível de qualidade». Em 2010, foi agraciada com a Condecoração da Ordem de Mérito Civil no grau de Comendador.

Faleceu em Lisboa, a 15 de abril de 2019, com 88 anos de idade.

in https://www.wook.pt/livro/ulisses-maria-alberta-meneres/16673839


Queres conhecer melhor a autora? 

Então não deixes de ler  DN entrevista Maria Alberta Menéresa por Catarina Pires, realizada no dia 3 de Junho de 2010, acompanhada da sua filha, a cantora Eugénia Melo e Castro. Nela revela a sua divertida personalidade e algumas das muitas traquinices que fazia na sua infância. Deixamos aqui apenas o excerto sobre o livro  Ulisses:

"O Ulisses é um dos seus best-sellers. Conte então como aconteceu?

M.A.M. – Na Pedro Santarém, uma das últimas escolas onde estive como professora, a certa altura tinha de fazer aulas de substituição de cada vez que uma professora faltava. E então, como não eram meus alunos e não os conhecia, comecei a contar o Ulisses e isto durou o ano inteiro. Às tantas todos queriam ouvir a história e acabei numa sala polivalente enorme a contar o fim.

Escrevi-o em cinco dias e foi escrito tal e qual como foi contado. Tem uma grande oralidade, mas resulta muito bem porque as crianças quando o leem é como se estivessem a ouvir a história. Mas tudo começou de uma tentativa de captar a atenção dos miúdos e fazê-los interessarem-se pelo que estava a contar."


Mas, se preferires, podes ouvir a simpática voz da autora numa entrevista ao Jornal de Letras 2006 em Maria Alberta Menéres | 1930-2019 - Blogue RBE (mec.pt)


Nesta entrevista, Maria Alberta Menéres conta-nos que teve um aluno que dizia que tinha um lápis mágico, que o lápis dele escrevia coisas que nem ele sabia que sabia. 
E tu, também tens um lápis mágico? Sim? Não? 
Se achas que não tens, segue o conselho da autora: se olharmos muito para uma coisa descobrimos que tudo tem uma história e que só começando a escrever se vai descobrindo e se consegue.  
Experimenta e, se quiseres, envia-nos as tuas histórias!