terça-feira, 9 de março de 2021

A Viúva e o Papagaio de Virgínia Woolf

Este divertido e  surpreendente livro, candidato ao livro mais fixe do 2º ciclo, é  recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 5.º ano de escolaridade. 

Vem mesmo a propósito falarmos desta escritora pois ontem foi Dia da Mulher e Virgnia Woolf nos seus livros abordou muitas questões relacionadas com a situação das mulheres na sua época. 

Sinopse

A senhora Gage é uma viúva que vive numa casa modesta na companhia do seu cão. 

Um dia, recebe uma carta informando de que o irmão morreu e ela irá herdar uma avultada herança, que inclui uma grande propriedade. Sem perder tempo, trata logo de a visitar. 

Ao chegar, apercebe-se de que a casa está em muito mau estado e descobre que nela vive, abandonado, um belo papagaio que agora lhe pertence. 

A partir deste momento, os acontecimentos sucedem-se rapidamente e de forma inesperada. A vida da viúva e a deste enigmático animal nunca mais vão ser as mesmas, e a amizade de ambos durará até ao fim dos seus dias.

Um conto, deliciosamente ilustrado por David Pintor, que nos diverte, surpreende e ensina, em igual medida."

«Virginia Woolf aborda temas que sempre estiveram no centro das suas preocupações: a independência financeira das mulheres e a importância de ser fiel aos seus valores.»   in Prefácio de Carla Maia de Almeida

Fonte:  https://www.bertrand.pt/


Biografia

"Escritora inglesa nascida a 25 de janeiro de 1882, no seio de uma família da alta sociedade londrina. O pai, Sir Leslie Stephen, era crítico literário. Passou a infância numa mansão londrina com os três irmãos, convivendo com personalidades como Henry James e Thomas Hardy. Virgínia tinha 13 anos quando a mãe morreu e 22 quando faleceu o pai. Casou em 1912 com o crítico literário Leonard Woolf, que viria a ser o seu companheiro de toda a vida.

A Viagem, de 1915, marca o início da sua carreira de romancista, mas só dez anos depois, com Mrs Dalloway, considerado o seu primeiro grande romance modernista, chegou o reconhecimento como escritora reputada.

Após obras como Um Quarto Que Seja Seu, onde defende a independência das mulheres, As Ondas e Os Anos, em 1938 lançou um ensaio polémico, Os Três Guinéus, na sequência da morte de um sobrinho na Guerra Civil espanhola. Neste ensaio  Virgínia pretende demonstrar o forte vínculo entre o militarismo e o papel subordinado das mulheres na esfera doméstica, política e social.

A 28 de março de 1941, pouco depois de ter lançado Entre os atos, Virgínia Woolf suicidou-se, atirando-se a um rio com os bolsos cheios de pedras. Foi a segunda tentativa em poucos dias, interrompendo assim uma carreira marcada pela obtenção de diversos prémios literários, dos quais, contudo, só aceitou um, o Fémina, de França, composto por um júri exclusivamente feminino.

Paralelamente à atividade de escritora, Virgínia, em conjunto com o marido, fundou e manteve uma editora, destinada a publicar textos experimentais, textos de amigos e traduções de russo. Intitulada Hobart Press, a editora funcionava em moldes caseiros, depois de em 1917 Leonard lhe ter oferecido uma pequena tipografia."

Fonte:  www.infopedia.pt/ (com supressões)


Outras maneiras de apreciar esta história: 



Conta um Conto apresenta-nos esta história de Virgínia Woolf narrada, ao mesmo tempo, por João Villas Boas, em Português, e Luís Pereira, em Língua Gestual Portuguesa.

https://www.rtp.pt/play





Trabalho de Projeto com Encenação e Interpretação do 5º F
Agrupamento Gago Coutinho
Direção artística e Produção do Professor Ricardo Alves
Desenhos e Cenografia: Encarregados de Educação 




Sabias que ...

Este conto esconde outra grande história. A história de  Bell e do seu irmão, os sobrinhos de Virgínia Woolf e do jornal que faziam todos os dias para a família, quando Quentin tinha doze ou treze anos. Um jornal que incluía ilustrações, reportagens, entrevistas e uma enorme quantidade de artigos, quase como um verdadeiro jornal. 

Anos mais tarde, Quentin descreveria as visitas da sua tia Virgínia como «uma cálida brisa vinda de sudoeste, que nos enchia de uma espécie de espantosa energia». Naturalmente, como era escritora, as crianças pediram-lhe uma colaboração para o seu jornal. 

O resultado foi A Viúva e o Papagaio, um conto infantil sobre o amor aos animais, que a sua tia fez especialmente para esta ocasião. As crianças atiraram-se a esta história de enredo surpreendente.

Muito tempo mais tarde, Quentin editou o livro com ilustrações de seu filho Julian. 

Hoje em dia, o conto é um clássico e a tia de Quentin, aquela mulher que entrava em sua casa como uma cálida brisa de sudoeste, é considerada uma das maiores escritoras de todos os tempos, e a sua obra continua a ser lida e admirada em todo o mundo.

A Viúva e o Papagaio - Livro WOOK


Outras publicações de A Viúva e o Papagaio 




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