Na semana em que comemorámos o Dia Internacional da Mulher, trazemos aqui mais um livro candidato à eleição de Miúdos a votos: Qual o livro mais fixe? do 1º ciclo, escrito por uma ainda jovem mulher que importa conhecer pelo seu extraordinário percurso de vida e a sua luta desde menina pelo sonho de querer um mundo melhor.
A autora tem já alguns livros editados dirigidos a adultos ou adolescentes, mas O lápis mágico de Malala foi pensado para crianças a partir dos 5 anos. Nesta obra Malala conta a história da sua vida e faz a defesa do direito de as raparigas terem acesso à educação, ou seja, poderem ir à escola, coisa que para nós meninas e mulheres portuguesas é difícil imaginar que possa ser proibido!
Também nos conta que com o poder da escrita conseguiu chamar a atenção internacional e assim encontrou apoios para a sua causa, encontrando, segundo ela, a "magia que procurava nas minhas palavras e no meu trabalho”. Tens de ler o livro e também a biografia de Malala para perceber toda a situação.
Sobre o ataque que sofreu em 2012, quando foi atingida a tiro na cabeça por elementos do Movimento dos Talibãs do Paquistão, o livro é omisso, estando a informação implícita com Malala a escrever sob um fundo negro:
“A minha voz tornou-se tão poderosa que os homens perigosos tentaram silenciar-me. Mas falharam”.Fonte: https://observador.pt
A verdadeira história de uma menina que desejava um mundo melhor.
Mas Malala cresceu e o mundo mudou, bem como os seus desejos.
Biografia
A vida seguia tranquila. Malala não passava de uma estudante anónima na escola onde o pai, Ziauddin Yousafzai, era diretor. Mas Malala cresceu e o mundo mudou, bem como os seus desejos.
Malala tornou-se então muito conhecida, dando entrevistas à imprensa escrita e na televisão, tendo sido nomeada para o Prémio Internacional da Paz para Crianças por Desmond Tutu, ativista sul africano e Prémio Nobel da Paz.
Em outubro de 2009, os talibãs tentaram assassinar Malala, deixando-a gravemente ferida, o que suscitou uma crítica veemente por parte das autoridades nacionais e internacionais e um grande apoio das mesmas a Malala.
O Enviado Especial das Nações Unidas para a Educação Global, Gordon Brown, lançou então uma petição em seu nome, usando o slogan “Eu sou Malala”, exigindo que, até final de 2015, fossem produzidos esforços mundiais para que todas as crianças pudessem ter educação escolar, independentemente do país em que se encontrassem – uma petição que contribuiu para a ratificação da Lei para o Direito à Educação, a primeira do seu género a ser aprovada no Paquistão.
Posteriormente, Malala venceu o Prémio Nacional da Paz da Juventude, atribuído pelo Paquistão.
Em 12 de julho de 2013, ao celebrar o seu 16.º aniversário e o “Dia de Malala” (declarado pelas instituições da ONU), Malala fez o seu primeiro discurso público desde que foi baleada, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, sublinhando aí a necessidade da educação universal.
Em 10 de dezembro de 2014, Malala venceu o Prémio Nobel da Paz, devido à sua luta contra a discriminação de crianças e jovens, e pelo direito de todas as crianças à educação.” Fonte: gulbenkian.pt
Em 2020, com 22 anos, oito anos após sofrer o atentado, Malala Yousafzai concluiu a faculdade de Filosofia Política e Económica, pela Universidade de Oxford.
Outras maneiras de apreciar este livro de história de vida:
Animação com base no livro:
Para conhecer ainda melhor a história desta menina pelo direito à educação das crianças com um lema que repete nas suas diferentes intervenções: “Uma criança, um professor, um livro, uma caneta. Educação é a solução. Educação primeiro porque aprender é a verdadeira arma" , vê este vídeo de 2013 em https://ensina.rtp.pt/artigo/malala-a-jovem-paquistanesa-que-defende-as-criancas/.
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Consulta o site:
https://content.gulbenkian.pt/wp-content/uploads/2016/05/29203638/Malala_Yousafzai_PT.pdf
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